quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A arte da estratégia

Todos querem tomar decisões no presente, que produzam bons frutos no futuro. Para se conquistar os resultados desejados, é preciso traçar um bom plano estratégico em conjunto com os envolvidos na execução, a fim de que haja comprometimento com os objetivos que se deseja alcançar.

O primeiro passo é um diagnóstico preciso do cenário atual. Nesse momento de avaliação as informações devem ser precisas, tais como: pesquisa de mercado, situação financeira, equipe de trabalho, grau de realizações e eficiência, pontos fortes e fracos, ações diferenciadas, oportunidades e eventuais ameaças. Saber exatamente “onde estamos?”, no cenário atual, é fundamental para iniciar uma estratégia.

O segundo passo é saber quais os objetivos que precisamos alcançar. Com o diagnóstico do momento atual feito, agora dá para começar a definir “onde queremos chegar?”. Ninguém dá um salto sem ter a certeza de que o chão está firme para pegar impulso. Nesse momento se define os objetivos que se pretende alcançar em um determinado período de tempo. E tem que ter indicadores quantitativos para que se possa medir a evolução das ações.

O terceiro passo é elaborar o plano estratégico. Conhecendo seu real potencial e sabendo onde se pode chegar, agora é preciso saber “como atingir aos objetivos?”. Definição das etapas, o tempo disponível, qual será o investimento financeiro, quais pessoas serão envolvidas, como prevenir adversidades, os prazos, a seleção de parceiros, etc. Um bom cronograma da estratégia e também seu acompanhamento cotidiano.

Os bons livros falam disso. Então, o que pode dar errado? Não saber escolher, ou seja, o que devo abrir mão e o que devo priorizar. Elaborar a estratégia deve ser uma atitude coletiva e com gente comprometida. Pessoas que não têm visão sistêmica e capacidade para ajudar a escolher, tendem a concordar só com o que o chefe sugere. Já dizia o general mexicano Álvaro Obregon: “Não tenha medo dos inimigos que o atacam, e sim dos amigos que te bajulam.”

Também tende a dar problemas quando não se divide com a equipe as responsabilidades do plano. Aí, ocorre o centralismo das decisões ou a desconfiança de que não vão fazer direito. Isso acarreta atrasos, baixa estima na equipe e ineficiência. Outro desafio, em geral, é que as pessoas não gostam de pensar em estratégia e focam tudo só na execução das coisas. Seguir um plano estratégico também é ter disciplina, mudança de hábitos, revisão de conceitos – pessoais e coletivos. É a soma das experiências e a renúncia do messianismo.

Sem estratégia, é o acaso que, geralmente, dá resultados insatisfatórios.

Artigo publicado no Jornal de Jundiaí em outubro/2015 http://www.jj.com.br/colunistas-1815-a-arte-da-estrategia

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